Tê. Dê. Pê. Á.
Comecei, não faz tempo, a notar os fonemas. É tão fácil se deixar levar por formações tão abstratas – a trama, os personagens, o desenvolvimento psicológico, a interferência do narrador na escrita, se há reverberações românticas, o uso do fluxo de consciência, a política, o social, o dinheiro, o marxismo, o comunismo, Trótski, Tró, tíski, tró, tró – que costumo (costumamos?) deixar de lado as pequenas partes que formam isso tudo.
Foi em um momento pequeno em um dia igualmente pequeno que, escrevendo a frase “E foi lá pelo lago que ali fica”, todos os l’s (ou deveria escrever éles?) ficaram reverberando. Ah, foi por isso que a Professora Joana há anos insistiu em mencionar a palavra aliteração. Porque não lhe dei a importância devida na época? Talvez porque o nome não ajude? Se fosse atiteração, ou aliletação, teria sido mais clara a necessidade?